“O emissor procura desviar-se da norma, na busca de sons, palavras e construções que tornem bela a forma da mensagem e, ao mesmo tempo, aumentem o seu conteúdo emocional ou valor expressivo” — dizem Mário Carmo e M. Carlos Dias (1976: 70), para quem o estilo “será uma busca de originalidade, um esforço incessante do emissor, face ao material que a língua lhe fornece para traduzir de forma adequada os seus pensamentos. O emissor recusa o banal e selecciona os signos mais expressivos e que melhor se identifiquem afectivamente com ele. Procura desviar-se da norma, nos planos sonoro, vocabular e sintáctico”.
É o que acontece com muitos dos títulos da imprensa portuguesa, textos onde os seus autores investem grande carga emotiva, jogando com os sons, com os fundos duplos dos sentidos das palavras, fazendo aproximar esses textos à linguagem poética, textos de recorte literário que assim se distanciam das amarras denotativas por muitos exigidas.
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