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Mitterrand chamou-os cretinos... depois de morto

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Nem sempre os entrevistados conseguem dizer tudo o que pensam sobre determinado assunto. Prova disso, a entrevista dada pelo ex-Presidente da República Francesa, François Mitterrand, ao jornalista Patrick Amory.

Nem sempre os entrevistados conseguem dizer tudo o que pensam sobre determinado assunto. Prova disso, a entrevista dada pelo ex-Presidente da República Francesa, François Mitterrand, ao jornalista Patrick Amory.

Mitterrand concedeu essa entrevista com a condição de só ser publicada após a sua morte, compromisso que o jornalista honrou.

Com efeito, a entrevista foi concedida em Agosto de 1995, e publicada apenas em Julho do ano seguinte, meio ano após a morte do estadista francês.

Nessa entrevista, o então Presidente François Mitterrand qualificou de "crime intolerável e estupidez imperdoável" o atentado perpetrado por militares franceses contra o navio "Rainbow Warrior", da organização ecologista "Greenpeace".

Se tais declarações tivessem sido divulgadas em vida de Mitterrand, por certo teriam originado uma grave crise no seio dos militares, apelidados por aquele político de "cretinos".

Este é um exemplo claro da dessintonia entre o pensado e o dito. Apesar de pensar o pior possível dos militares responsáveis pela operação de afundamento do navio, o estadista não ousou, em vida, divulgar o seu pensamento. Deixou tais declarações implacáveis para depois da sua morte.

PARA LER AQUI
Notícia do "Diário de Coimbra", 26.07.1996