O jornal impresso surge-nos como espaço privilegiado para a potenciação de mecanismos intertextuais. Da estrutura narrativa das notícias ao formato de cada publicação, da arrumação das diferentes secções aos mecanismos de sedução titular. O próprio universo dos media gera, horizontal e transversalmente, esquemas miméticos que sofrem, cada vez mais, a denúncia de investigadores nesta área.
Nos títulos da imprensa portuguesa, e no capítulo da intertitularidade, são os títulos oriundos do mundo do cinema que levam a palma a quaisquer outros.
Há os que respeitam na íntegra a fórmula original, outros que a adulteram. Há títulos iguais para assuntos muito diferentes, há títulos diferentes que tratam o mesmo assunto.
Um pequeno exemplo, respigando títulos de notícias sobre um acontecimento concreto: a morte da princesa Diana. No capítulo da intertitularidade, verificamos que o cinema continua a ocupar lugar cimeiro. Encontrámos “O Último Tango em Paris” (Diário As Beiras, 4-09-1997); “Star Wars” (O Independente, 5-9-1997); “Vozes da Ira” (Semanário Económico, 5-9-1997); “Do Fundo do Coração” (Diário de Notícias da Madeira, 6-9-1997); “Até à Eternidade” (Revista do Expresso, 6-9-1997).
Viagem pela intertitularidade, tendo os títulos dos filmes como inspiração, apresentação powerpoint de Dinis Manuel Alves para ver aqui (158 slides).
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